De amar e sonhar

domingo, 31 de janeiro de 2016

De amar e sonhar

Se já me furtaram a cor do amarelo âmbar do meu descontentamento,
Descortinando as contas do rosário em orações contadas…
Eis que chegasse aos meus lábios o amor outrora adormecido 
nos braços de mulher que se veste tão bem de poesia…
A remir, contra as incertezas de um coração partido.
Revolvendo as muralhas dos pensamentos vis.
Feito rio que luta contra a correnteza, 
se entregando no bailado das ondas entre as pedras…
E as ondas a murmurar…
Tão largadas…
Tão surradas…
Tão mesquinhas…
Tão sozinhas…
A fazer esculturas na areia como a se entregar nos braços do amado…
Valdenir Cunha da Silva 

Vestida de poesia

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016





Vestida de poesia

E então saí assim...
Quase louca,
Pelas ruas da cidade...
Vestida de poesia!
Alimentando-me dos sonhos espalhados na madrugada,
Pendurados nas folhas refletindo felicidade...
Irradiando o mais fino dourado do Sol do amanhecer...
Buscando a aurora boreal com minhas próprias mãos,
A enfeitar o meu corpo com as mais lindas cores.
Acordando meus sonhos com a luz do alvorecer...
E ao som de acordes celestiais,
Fui acordando as flores na sua preguiça matinal...
Querendo escrever um poema-nuvem num papel de cetim,
E entregar aos pássaros do céu para fazerem festim...
Pensei em pegar a linha do horizonte,
E escrever em letras grandes todos os meus sonhos de criança.
E entregar para o mundo, embalado com muito amor,
Ponteado com as cores, que o arco íris pintou.
E foi então que me encontraram assim:
Vestida num vestido de poesia, submersa num mar de inspiração, 
cercada de letras por todos os lados...



Valdenir Cunha da Silva

Contemplação abissais de poesias

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Contemplação abissais de poesias

Infinitamente belo o ofício de colher letras ao longo da vida a fim de compor os textos…
Exclusivamente das mãos que exalam poesias…
Os versos sentidos,
Jorrando sob um límpido papel em que a palavra encontra guarida e se reveste de sentimento ímpar a compor um poema sentido a se manifestar na alma do poeta!

Valdenir Cunha da Silva